Campo Grande, a cidade morena (parte I)

Campo Grande está encrustada no meio do estado de Mato Grosso do Sul e é uma cidade bem diversa e paradoxal, onde é possível encontrar: um pub e uma cantina, que não são respectivamente de rock e italianos, mas sertanejos; um botequim nordestino, ao invés de carioca; um restaurante japonês com toalhas de cantina italiana em uma estação ferroviária que agora é uma feira; e uma orla no meio de duas ruas (está mais para um parque linear).

A cidade possui poucas opções de lazer, mas que são bem interessantes para quem está de passagem por lá para depois visitar o Pantanal. A maioria dos restaurantes, dos bares e da vida noturna da cidade concentra-se na Avenida Afonso Pena e adjacências.

Minha primeira visita foi ao Parque das Nações Indígenas, que é muito bem cuidado e limpo, no qual visitei o Museu das Culturas Dom Bosco (MCDB), onde vi uma exposição de mineralogia, paleontologia e biologia e outra sobre os povos indígenas, sendo a segunda muito atraente, pois o espaço é aproveitado de diversas maneiras: vitrais com objetos; peduricalhos com fotos de personagens de diferentes etnias; fendas no chão cobertas com vidro transparante para exibição de outros objetos; e paredes vazadas em forma de artefatos indígenas.

Próximo ao MCDB há uma montagem cenográfica para o público infantil, chamada Cidade do Natal, que deveria ser temporária, mas ao que tudo indica será permanente. A Cidade do Natal abrigava uma exposição sobre os dinossauros, com robôs representando por volta de dez espécies, dentre elas os famosos triceratope, estegossauro e tiranossauro rex.


Ainda no Parque das Nações Indígenas está tem um monumento, um lago e o Museu de Arte Contemporânea (MARCO), que expõe majoritariamente obras de artistas sul mato grossenses e também é palco de apresentações como a de dança contemporânea que assisti e era encenada pela Ginga Cia de Dança, premiada e reconhecida nacionalmente.




Um atrativo interessante para os turistas é a sorveteria Delícias do Cerrado, que tem diversas frutas características da região e que valem ser apreciadas! Outro atrativo intrínseco do estado é o tereré, que é o um chimarrão gelado.

A Cidade Morena é um ótimo local para visitar e talvez para morar, pois não é tão grande, aparentou-me ser segura, tem vias largas que devem dificultar a formação de congestionamentos, é bem arborizada e conta com um povo muito simpático e receptivo (chegaram a me parar na rua para dar indicações do que eu deveria fotografar). Por estes motivos, também pelo por do sol estupendo, é que recomendo todos a conhecerem a capital do cidade do Mato Grosso………………. do Sul!