Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas (Parte I)

Traduzido por Roxana M. Q. Fernández

Machu Picchu é um dos tesouros arqueológicos mais visitados da face da terra e todo seu esplendor é justificado por tudo que envolve essa cidade antiga, ou velha montanha, que é a tradução do nome da cidade, que mantem-se próximo ao original em Quechua, idioma adotado pela civilização Inca.

Há duas trilhas principais para chegar à Machu Picchu:

  • Trilha Inca: uma trilha comercial, controlada pelo governo, com monumentos pelo caminho e com número limitado de visitantes por dia e, que portanto, deve ser reservada com antecedência em um site do governo peruano. Esta trilha dura 4d/3n e 45km e ou 2d/1n e 12km, dependendo do ponto de partida escolhido.
  • Trilha Salkantay: pode ser contratada em Cuzco um ou dois dias antes de iniciá-la. É uma trilha um pouco mais pesada, tanto pela distância percorrida, 70km, quanto pela altitude atingida e vale a pena para que curte paisagens e natureza ao invés de monumentos.

Madrugando - Trilha Salkantay - Machu PicchuGalera - Trilha Salkantay - Machu Picchu

Eu fiz a trilha Salkantay e consegui um ótimo preço: US$ 170,00, no qual estava incluso hospedagem (acampamento nas três primeiras noites e pousada na última), comida (café da manhã, almoço e jantar) e transporte (de Cuzco ao ponto de partida, trem da hidrelétrica até Águas Calientes e a volta de Águas Calientes a Cuzco).

Trilha Salkantay - Machu PicchuShaman - Trilha Salkantay - Machu PicchuCozinha - Trilha Salkantay - Machu Picchu

A trilha é bem pesada, pois anda-se em torno de 20km por dia, com uma variação de altitude muito grande, de até 1000m em um dia, chegando ao máximo de 4600m acima do nível do mar. Estive por lá em um dos melhores períodos do ano, no mês de junho, que é o mais seco do ano, contudo um dos mais frios também. A temperatura variava de -5°C a 20°C (baseados em minha percepção, sem uso de instrumentos), além do vento congelante, que fez o tempo fechar quando cheguei ao ponto mais alto da trilha.

Casebre - Trilha Salkantay - Machu PicchuEntardecer - Trilha Salkantay - Machu PicchuMadrugada no acampamento - Trilha Salkantay - Machu PicchuOlha a foto - Trilha Salkantay - Machu PicchuTrilha Salkantay - Machu PicchuPedra cara de índio - Trilha Salkantay - Machu PicchuMontanha - Trilha Salkantay - Machu PicchuEu no topo - Trilha Salkantay - Machu Picchu

No terceiro dia, pela trilha pude ver um deslizamento enorme numa das encostas do lado oposto ao que estávamos, assim como um rústico ‘teleférico manual’ que existia para atravessar para uma trilha alternativa, todavia acabei ‘amarelando’ e segui pela trilha usual. E para finalizar o dia, quem quiser pode tomar banhos nas águas termais de Sahuayacocha, próximo ao vilarejo de Santa Teresa.

Deslizamento - Trilha Salkantay - Machu PicchuTeleférico - Trilha Salkantay - Machu PicchuBanhos termais - Trilha Salkantay - Machu Picchu

Após três dias e meio de caminhada, chegamos a hidrelétrica de onde parte o trem até Águas Calientes, cidade aos pés de Machu Picchu. Eu e meu grupo (três brasileiros, duas americanas e dois suecos) acordamos as três e meia da manhã rumo ao objetivo final, em pouco mais de 45 minutos subindo escadas sem fim, chegamos a entrada e esperamos a abertura.

Trem - Trilha Salkantay - Machu Picchu
Teto do trem - Trilha Salkantay - Machu PicchuInterior do trem - Trilha Salkantay - Machu Picchu

Fui um dos primeiros a entrar e pude ver toda Machu Picchu praticamente vazia, com poucas pessoas, e observar a maravilhosa aurora andina.

Multidão na entrada - Machu PicchuAurora - Machu Picchu

O que mais impressiona em toda a cidade, a meu ver, não é a parte mística e sim a impressionante capacidade e conhecimento em engenharia que detinham tanto tempo atrás, minha mente não consegue conceber a possibilidade de transportarem pedras gigantescas e encaixá-las como se estivesse montando um quebra cabeças, de maneira quase perfeita!

Exagerei um pouco nas fotos, pois esse lugar merecer ser visto! Detalharei um pouco mais alguns aspectos da cidade em um próximo artigo e caso alguém queira escrever sobre a trilha Inca, entre em contato e combinamos como fazê-lo.

Artesanatos (Parte I)

Traduzido por Roxana M. Q. Fernández

As viagens trazem novas amizades, maravilhosas memórias e, na maioria das vezes, artesanatos dos mais variados tipos: belíssimos, curiosos, singelos…

Esses trabalhos de diversos anônimos merecem ter seu destaque, ainda que eu não saiba o nome de seus autores/inventores vou indicar onde comprei.

O primeiro deles é em homenagem ao documentário do grande Raúl Seixas e neste caso o seu parceiro é o Jimmy Hendrix, adquiridos do mesmo artesão em São Thomé das Letras. A dupla foi adquirida ao lado do famoso Bar do Dois, na base do morro onde está a quase mística pirâmide.

Raúl Seixas - São Thomé das LetrasJimmy Hendrix - São Thomé das Letras

O azulejo abaixo foi feito em pouco no máximo dez minutos, com diversos detalhes e o único dos artesanatos que está assinado, cujo autor é Jorge, feito em 2010 no calçadão da praia da Costa em Vila Velha.

Azulejo - Vila Velha

Outro objeto interessante é o sapo manauara, comprado no passeio do encontro das águas, que é simula o coaxar de um sapo real pela fricção de uma vareta que o acompanha em seu dorso. Veja o vídeo abaixo.

Este último, uma onda com um surfista, chamou muito minha atenção, pois do lado contrário ao da foto há uma lente e quando olhamos por ela, a sensação de estar de dentro da onde observado o surfista é ótima demais! Comprei esta peça na praia da Joaquina em Florianópolis em janeiro de 2010.

Onda - Florianópolis

Entre nessa onda e envie fotos de artesanatos interessantes que tenha comprado por aí!

São Francisco Xavier e Monteiro Lobato, um canto bucólico a beira de uma metrópole

Traduzido por Roxana M. Q. Fernández

Distrito de São José dos Campos (SJC), São Francisco Xavier é um vila com ares de uma cidade que está a centenas de quilômetros de centros econômicos avançados, mas está a 54 km do centro de SJC e a pouco mais de 120 km da capital paulista. Entre o centro de SJC e São Francisco Xavier, Monteiro Lobato é a cidade onde viveu com a esposa e dois filhos o famoso autor dezenas de títulos infantis.

Em Monteiro Lobato encontra-se o sítio que serviu como pano de fundo para contos fabulosos em meados do século XX, então chamado “São José do Buquira”, cuja denominação atual é “Sítio do Pica Pau Amarelo”, que não por coincidência é o nome da obra mais famosa deste Taubateense.

Sítio do Pica Pau Amarelo - Monteiro Lobato
Sala de estar - Monteiro LobatoQuarto de Monteiro Lobato - Monteiro LobatoFogão - Monteiro LobatoDecoração - Monteiro Lobato

São Francisco Xavier por sua vez é um distrito isolado e belíssimo, cheio de restaurantes charmosos e aconchegantes, como o Photozofia. Outro ponto interessante da cidade é o bar Pangea, com suas paredes revestidas dos saudosos LPs nacionais e internacionais.

Relógio - Photozofia - São Francisco XavierPangea - São Francisco XavierLPs - Pangea - São Francisco Xavier

A natureza é outro ponto forte do distrito, e já é notada logo na estrada que o liga a Monteiro Lobato, ladeada por árvores chegando a parecer um túnel verde em alguns pontos. As diversas cachoeiras da cidade também são um encantador atrativo.

São Francisco XavierCachoeira - São Francisco XavierBorboleta - São Francisco Xavier
Cachoeira - São Francisco XavierCachoeira - São Francisco XavierCachoeira - São Francisco Xavier
Os paulistas não podem deixar de conhecer estes locais, tão próximos da capital e tão atraentes!

Cuidados com a saúde

Traduzido por Roxana M. Q. Fernández

Um tema que não é a primeira, possivelmente nem a segunda ou terceira preocupação dos viajantes é a saúde, algo tão importante e que pode atrapalhar imensamente o aproveitamento do pouco tempo que os turistas geralmente possuem.

Saúde & Viagem

Um kit de medicamentos é essencial para uma viagem, ainda que tenhamos que tomar cuidados com a automedicação, em algumas situações não é possível encontrar um médico rapidamente, principalmente para os amantes da natureza, que embrenham-se em trilhas e locais ermos. Este kit pode variar de acordo com a singularidade de cada local, mas no geral medicamentos para dores de cabeça, vômitos, colírio, diarreia, azia, analgésico, antitérmico e anti-inflamatório.

Cruz Band-aid

Outro tema recorrente é o seguro-viagem, que muitos deixam de lado por considerar um valor alto (pelo World Nomads, por ter um custo mensal de US$ 106,00 sem EUA ou US$ 140,00 com EUA). Este seguro é obrigatório para uma viagem a um dos países que fazem parte do Espaço Schengen (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça).

Antes de iniciar uma viagem é importante verificar quais doenças são endêmicas à região que pretende-se visitar e consultar um médico sobre possíveis ações necessárias para proteger-se, exemplos patentes de doenças que merecem especial atenção são a Malária e a Febre Amarela. Esse tipo de verificação tem que ser feita com antecedência de ao menos quinze dias, já que há vacinas que precisam de ao menos dez dias para que o corpo produza anticorpos e tenha eficácia.

Zé Gotinha

Uma dica valiosa para os viajantes é a realização de uma consulta no Núcleo de Medicina do Viajante do Hospital Emílio Ribas em São Paulo – (11) 3896-1366 – ou no Centro de Informações em Saúde para Viajantes do Hospital Universitário da UFRJ no Rio de Janeiro – (21) 2562-6213.
(fonte: Mochila Brasil)

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) mantem Centros de Orientação para a Saúde do Viajante da Anvisa – COSV – por todo o país que podem fornecer ainda mais informações.

ANVISA

Cuide de seu corpo na viagem, pois todo o resto é substituível.

Santiago do Chile (Parte I)

Traduzido por Roxana M. Q. Fernández

Santiago, a capital do Chile, é uma cidade ótima, com possibilidades em seus limites ou próximo deles para agradar todos os públicos.

Um país onde a educação é levada a sério, na qual os estudantes defendem a educação de verdade, mobilizando-se para a melhoria da maior riqueza de um povo, ao contrário da vergonhosa ‘histórica luta pelo passe livre’ que temos por aqui.

A cidade é extremamente limpa e tem um sistema de transporte muito bom, a começar pelo aeroporto, um dos melhores da América Latina. Os carros possuem etiquetas (tags) para rastrear a utilização de estradas, cobrando por quilômetro utilizado, ao invés dos ultrapassados pedágios, que temos. Além disso a cidade conta com 101 km de linhas de metrô, distribuídos por 94 estações! (São Paulo, com o dobro de habitantes, tem 74 km e 64 estações).

Máquina de limpeza de ruas - SantiagoAeroporto de Santiago

O Cerro Santa Lucia, onde a cidade foi fundada, é um morro na região central da cidade que possui diversos atrativos: centro de cultura indígena, uma fonte belíssima, estátua de homenagem ao papa João Paulo II, um paisagismo formoso e uma vista impressionante de toda a cidade, desta vez de forma negativa, pois fiquei assustado com a poluição e a cortina de fumaça que quase impediu-me de visualizar os antes ao fundo.

Centro de Exposição de Arte Indígena - SantiagoTerraço Netuno - SantiagoManuel Vicuña I Larrain - Primeiro Arcebispo Chileno - Santiago
Cerro Santa Lucia - SantiagoVista do Cerro Santa Lucia - Santiago

Rodeando o Cerro Santa Lucia há a PUC Santiago, um centro de artesanato e a biblioteca nacional, na qual há um espaço para exposições e acesso gratuito à internet.

Pontifície Universidade Católica de Chile - SantiagoCentro de Artesanato - SantiagoBiblioteca Nacional do Chile - Santiago
Exposição na Biblioteca Nacional do Chile - SantiagoMóbiles na Biblioteca Nacional do Chile - SantiagoObjetos na Biblioteca Nacional do Chile - Santiago

O mercado central das grandes cidades sempre é um ponto que precisa ser visitado e em Santiago não é diferente, como de costume, o atendimento chileno é ótimo e lá pude provar o Congrio (peixe branco, muito saboroso) e um Centolla (caranguejo gigante) com um apetitoso molho de vinho branco, manteiga e alho! O preço é um bem salgado, mas o sabor recompensa. Aos viajantes aconselho tomar cuidado com o que comem por lá e evitem algo muito diferente no dia anterior a uma movimentação entre as cidades por lá ou de volta ao Brasil, pois o aparelho digestivo pode não receber muito bem a novidade! (principalmente os diversos frutos do mar).

Centolla e Eu - Santiago
Santiago tem muitos outros atrativos, que serão descritos em outros artigos, complementando este.